terça-feira, 16 de agosto de 2011

O Fascínio do Futebol de Mesa: AHFM vence o Campeonato Gaúcho

Entre aqueles que apreciam o futebol e até entre aqueles ditos neutros muitos se encantam com partidas como um Flamengo 5x4 Santos como aconteceu recentemente em partida válida pelo Brasileirão 2011. Entre os torcedores fanáticos por um clube de futebol e até entre aqueles que apenas apreciam o futebol, muitos se emocionam ao ver seu time conquistar um título de Libertadores ou mesmo de um Gauchão virando a partida final aos 40 do segundo tempo.
No futebol de mesa essas experiências acontecem com frequência e intensidade semelhantes ao do futebol, com a possibilidade do botonista (jogador) imergir e ser protagonista desses momentos inesquecíveis.
Nesse final de semana a equipe da AHFM (Associação Hortenilense de Futebol de Mesa de Tapejara) teve o desafio de rodar cerca de 1200 km para disputar o 1º Gauchão Interclubes de Futebol de Mesa Modalidade 12 Toques, organizado pela FGFM (Federação Gaúcha de Futebol de Mesa) juntamente com o AEVF (Associação dos Empregados da Viação Férrea de Rio Grande) e o Grêmio Náutico União (GNU) da capital gaúcha.
Seguindo o modelo de competição da Federação Paulista e adotado pela CBFM (Confederação Brasileira de Futebol de Mesa), muito bem elaborado, diga-se de passagem, os clubes gaúchos proporcionaram aos botonistas e espectadores momentos de muita emoção com várias partidas com a intensidade de um Flamengo x Santos citado anteriormente (comuns nessa modalidade de futebol de mesa) e com uma final eletrizante entra o clube tapejarense e o GNU (Grêmio Náutico União) de Porto Alegre.
Após um triangular muito disputado GNU e AHFM fizeram a decisão com todos os ingredientes de uma típica final: começo disputadíssimo, respeito entre os clubes e botonistas, vira-vira no placar, escalações surpresas e até mesmo com lesão. Isto mesmo: lesão em jogador de futebol de mesa. Após o dia inteiro de competição, o jogador Eduardo Gardelin da AHFM não aguentou as dores no joelho direito e não teve condições de iniciar a decisão, sendo substituído pelo botonista Henrique Seben. Na 1ª rodada da decisão, quatro jogos com duas vitórias da AHFM (João Paulo e Rubens) e duas derrotas (Leandro e Henrique). Na 2ª rodada, novo empate com duas vitórias cada equipe. Na 3ª rodada o GNU pulou na frente com três vitórias e uma derrota encaminhando o título, pois a AHFM só levaria o troféu vencendo três das quatro partidas na rodada final.
Era chegado o momento da superação: Eduardo (capitão do time) abandonou a bolsa de gelo do joelho, esqueceu as dores e entrou na equipe para a última partida. Assim a AHFM entrou para a última rodada com João Paulo, Rubens, Leandro e Eduardo enquanto Henrique ficava no banco encerrando a sua contribuição para a equipe.
Para a surpresa de muitos o intervalo da rodada apresentava a seguinte situação: um jogo praticamente decidido (João Paulo 4x0) e outros três com vitorias “suadas” de 1x0 dos botonistas da AHFM. Nada estava decidido, e a volta para o 2º tempo foi tensa pois tudo poderia acontecer nos 10 minutos finais.
Ao findar da partida, após o sopro do apito, alguns momentos (segundos) de expectativa. Os jogadores da AHFM procuravam através do olhar seus companheiros para saber o resultado dos jogos. Durante a partida não há como saber o andamento (devido ao respeito entre os adversários, praticamente não há comemorações de gol). Aos poucos, os quatro botonistas, a plateia, os adversários tem a informação socializada: quatro vitórias da AHFM (uma delas com goleada de 9x0) e o troféu vai para Tapejara. 
Poucos esportes - e eu diria ainda poucas coisas na vida - têm a possibilidade de gerar tamanho desafio, imersão e protagonismo. Assim é o futebol de mesa! Essa é a AHFM.

Confira algumas fotos (em breve mais):  
William faz a abertura oficial 

Equipe da AHFM: Matheus, Edu, Hyke, Rubens, Leandro e João Paulo


Edu, capitão da AHFM levanta o troféu